sábado, 7 de março de 2009

andam guerrilheiros no buçaco

O Bairrada Digital noticiou que a mata do Buçaco viu aprovados os estatutos duma fundação destinada à preservação daquele espaço idílico, o que se aplaude.
Datando de princípios do séc. XVII, a extensa mata possui espécies vegetais do mundo inteiro, incluindo o famoso cedro do Buçaco.
Durante as invasões francesas em 1810 as tropas aliadas (mais inglesas que portuguesas) derrotaram o general Massena na conhecida batalha do Buçaco.
Contava a minha avó que os franceses andaram perto de Bustos a saquear gado, cereais e vinho aos pobres camponeses da bairrada e que a artilharia napoleónica bombardeou à distância a altaneira torre da igreja da Mamarrosa. Armados de foices e varapaus, os camponeses usavam técnicas de guerrilha, assaltando e matando os soldados retardatários que se dedicavam à rapinagem.
Se tivesse de ser guerrilheiro acoitava-me com os meus bravos na mata do Buçaco.
A fazer fé na conversa dos políticos, que só falam em ditadura e terrorismo de estado, o dia não deve estar longe; o pior é que o camuflado que guardo no sotão já não me deve servir.
Para ter a certeza, vou lá num pulinho e já volto...
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Gravura da batalha do Buçaco existente no Arquivo Histórico Militar/Lisboa, da autoria do major escocês Thomas Saint-Clair, que participou na batalha como comandante das companhias de granadeiros portugueses.

sei de um mar


...onde há druidas de foice de oiro na mão
e duendes,
fadas
e feiticeiras que curam males.
Sei dum mar em que a própria mentira tem o sabor da verdade.
Sei dum mar 
onde agora apetecia estar.