segunda-feira, 26 de maio de 2014

A vida é uma chachada quando eles não enfrentam a verdade

Há duas coisas de que me reclamo, seja como o eu daqui, seja como o alterego rangerfurão, seja como o outro alterego oscardoface:
1ª - Não sou mentiroso, apesar de ser advogado, por sinal muito popular;
2ª - Não sou a voz do dono, antes sou como o cão que não conhece dono, como o atesta a 1ª referência da barra superior direita deste jornalito de parede.

Ainda por cima, fartei-me de avisar, aqui e na porra do facebook.
Resultado: toma que já almoçaste!

Desculpem lá qualquer coisinha, mas o que tem que ser tem muita força, como se desculpou o Grande O'Neill, que até - quem diria! - foi casado com uma Grande Senhora, mas que teve o azar de ser ministra do ambiente dum governo dessa nódoa que é o atual Presidente da República, o qual ainda consegue ser pior do que muitos ou alguns de vocês, não sei; só sei que não estou, nunca estive, nem irei aí ao Largo do Rato para vos contar, mesmo que tenha cartão de sócio, uma espécie de senha de entrada no céu a que falta a password.
Em vez de se armarem em vencedores pour épater le bourgeois [enquanto andam a chorar baba e ranho pelos corredores e retretes do partido], aproveitem mas é para digitar o nome O'Neill, na barra superior esquerda ali em cima, a qual é dedicada às buscas, que são uma espécie de "busca, rex, busca, que está ali um coelho inseguro debaixo daquela moiteira!".

E, já agora, enquanto elas estão quentes, aproveitem também para digitar o nome Marinho Pinto na dita busca patusca e vão ver que ela (a busca) é mais do que segura, mesmo que seja o (in)Seguro a digitar!
E digitem também no meu face!!
Digitem cães, digitem, que a busca está cheia de ossos difíceis de roer!
Madraços é no que vocês se tornaram!
Sim, madraços, que nem vagar tiveram para consultar as várias frentes de batalha onde este vosso humilde servo (o tanas, que eu sou cão que não conhece o dono!) derrama a sua juventude. Derramei no passado e continuo a derramar, que um Ranger nunca se rende e muito menos se deixa morrer na praia!

Para terminar:
- Embora goste muito da história muito bonita da Rainha Santa Isabel, relatada na minha 2ª campanha alegre, prefiro dizer-vos...
...Adeus, que se faz tarde e Inês é morta!
_____
- P.S. (salvo seja!): eu bem que procurei pelo meu cartão de sócio para o exibir aqui, mas não dei com ele. Deve estar metido para um canto qualquer dos meus milhares de documentos e outros recuerdos.
Se calhar está no meio dos papéis onde o meu gato anda a mijar, o sacana.
Que se lixe! Cartões há muitos e o único que me falta é o do Benfica, que é mais importante que os da merda da política partidária! 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A vida é uma charada: a verdade (mal) revelada

O prometido é de vidro.
Já sabia que vocês se iam estar nas tintas para o enigma profusamente distribuído no texto de domingo, o que só revela que são tão fingidores como o poeta do Fernando Pessoa: um fingidor/que finge tão completamente/que chega a fingir que é dor/a dor que deveras sente.
Deu para perceber que vocês, mais do que fingidores, são é uns grandes masoquistas: gritaram ao morto contra todos os cortes do Passos/Portas/Troika, excepto um: os cortes na área da educação e da cultura.

Quanto mais burros, melhor, é o vosso lema. Desde que haja dinheiro para umas bejecas, acompanhadas dumas bifanas aporcalhadas e o IVA da restauração desça para os 2,5%!
Façam como eu: cozinhem em casa e bebam água do poço do aido, em vez duns tintos do Douro que eu cá sei e que são o que de melhor se produz neste vale de lágrimas.
A este propósito:
Eu e o Carlos do Pompeu dos Frangos temos várias divergências insanáveis que nos unem, uma das quais se prende com a obsessão dele sobre o vinho da casta (bairradina) baga: acha-o o melhor do mundo e arredores.
O Carlitos tem dois amores:
1º - O excelente baga,  incluindo em versão espumante, sobretudo a produzida pelas Caves Primavera e a que tenho acesso privilegiado por razões profissionais. Enquanto ele só gosta de vinhos velhos; eu, prefiro-os mais novos.

2º - O Sócrates, a que tive acesso privilegiado num célebre dia de 1994, ainda ele não passava dum obscuro Secretário de Estado do Ambiente.
Ele continua a gostar muito dele; a mim, essa febre já me passou há muito, quando tomei a vacina. Remédio santo.
Esse meu acesso/assédio ao apaixonado pela educação do povo aconteceu quando eu ainda usava o cartão de sócio do clube e assistia a algumas sessões de catequese, trauma que superei sem ter de recorrer a um dos dois psicanalistas da minha eleição:
A Joana Amaral Dias e o Pedro Aleixo, irmão do meu colega e parceiro de escritório, José Manuel Aleixo, os quais até nem são da família do famoso poeta popular António Aleixo, referido na parte final do post de domingo.
*
Seja como for, manda a bondade democrática aceitar que cada um come, bebe e cheira do que gosta.
E se vocês acham que cultura e alta-costura são uma e a mesma coisa, então o problema é mesmo vosso.
A minha solução é ficarmos mesmo por aqui.
Boa noite. Eu vou com as aves. 
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- A imagem do vinho velho está reportada aqui, até porque tem direitos de autor.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Joaninha boa, boa

A minha Joana resolveu sair de vez do BE e dar um saltito até ao PS, se calhar por pensar que é mais seguro.

Joana, boa Joana, faça como eu: vá saindo, vá mas é saindo.
E se esse seu estado de alma persistir, aconselho-a a sentar-se no divã dum reputado psicanalista lisboeta que a Ana, por razões profissionais, deve certamente conhecer e que eu também conheço, não por razões profissionais, mas por ser irmão do meu colega de escritório, Morais Aleixo.
*
Li há pouco que nasceu em Angola, terra onde não morri porque era proibido morrer.
O mundo é mesmo pequeno. 
E eu com tantas histórias para lhe contar...
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- P.S. (salvo seja) sobre o título: cá na terra trocamos os "bês" pelos "vês" .

domingo, 18 de maio de 2014

A vida é uma charada

Só nos prega partidas, a vida.
Pior que tudo: quando as partidas se sucedem sucessivamente sem cessar, mais vale Nosso Senhor levar-nos.
Sim, Esse Senhor, mil vezes preferível aos medíocres senhores que querem ser califas no lugar do califa. 

Preferível até a uma qualquer senhora com "s" pequeno, que as Grandes, essas, são vestais do Templo Sagrado e já estão no Olimpo à minha espera.
Se for o tal Grande Senhor, dou por garantido o céu e alguns prémios extra pelo desempenho. Noblesse oblige.
Antevendo a chegada às portas do céu:


Ao ver que sou eu quem ali se apresenta, o guardião Pedro corre, célere voa, entra na tenda da alfândega e anuncia:
- Benvindo, meu bom malandro das crónicas tão conhecidas!
Continuou o Santo Pedro, deixando perceber um sorriso cúmplice e malicioso:
- Deus ordena seres contemplado com as 200 virgens que pediste um dia destes no facebook, porque, no mais fundo de ti, Ele sabe que estás mortinho por te alambazares!



- E podes sentar-te à Sua direita, mas porta-se com juizinho e deixa-te mas é de te armares em cão que não conhece dono!
Cheio daquela coragem à Ranger, mas todo aos tremeliques por dentro e dominado por aquele nervoso miudinho que nos invade e inibe quando é a 1ª vez, respondi:
- Estou farto de comer ração de combate!
- A minha alma está desejosa, o meu coração e a minha carne clamam pelo almejado prémio, porque vale mais um dia neste céu do que em outra parte mil!
- Mas olha que faço questão de me sentar à esquerda Dele, que a direita tem outros donos!



Chegados aqui, perguntarão como é que eu consegui chegar tão alto? 
Às vezes a correr desenfreadamente, a modos que stressado da puta da guerra. 
Outras, devagar, porque devagar se vai ao Citius. 
Bem vistas as coisas, devo tudo à força do hálito, que é como o que tem que ser. E o que tem que ser tem muita força.
..
Em jeito de epílogo


Neste livro que vos deixo, fica a charada:
A quem pertencem ou a que aludem as citações escritas a cinzento?
Têm 24 horas para responder, sem direito à dilação ou justo impedimento que o Citius prevê.
Se o não fizerem no prazo aludido, ou é porque não sabem - logo, são uns ignorantes, ou porque têm andado distraídos.
O que me levará a concluir que, afinal, vocês não gostam mesmo nada de mim! 
E se for assim, são como um fingidor que eu cá sei!

sábado, 17 de maio de 2014

Gosto muito de deco

- Art Deco: estilo virado para a aplicação decorativa de objetos, misturando a modernidade dos anos 20 e a arte de povos até então mal conhecidos (África, América do Sul).
Foi uma arte aplicada a edifícios, móveis, vidro, joalharia, etc.
É fácil gostar de art deco e todos partilhamos dum sentimento comum: Deco foi uma expressão de verdadeira arte.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A minha campanha alegre

Amanhã de manhã vou passar com o meu trator pela casa do amigo Narciso Cardoso, a ver se trago a capinadeira dele, por empréstimo de fim de semana.
Ficam a saber: a minha campanha eleitoral vai ser à moda do Dr. Paulo Portas, mais conhecido por Paulinho das feiras.
Enquanto aguardo pela próxima Feira do Sobreiro - que é mensal, aos 9 e 22, como muito bem sabe PP - neste fim de semana vou dedicar-me sozinho  à reforma agrária, que sou contra a coletivização dos meios de produção.
Deste modo, quando voltar a reencontrar o Dr. PP na Feira do Sobreiro do próximo dia 22, já lhe posso levar um regaço de tomates fresquinhos do meu quintal, como passo a antever:
...
Vestido de Princesa Santa Isabel, apareço ao caminho do Rei.
O que levais na abada, Isabel? - Ele Me interpela.
E Eu digo: são tomates, Senhor.
E então Ele diz: - Tomates em Maio, mês da Virgem Maria? Não, não pode ser!
E Eu digo: São tomates, meu Senhor.
- Então se são tomates, mostra! [diz o Rei].
E então Eu estendo a abada e o que tinha ali era tudo tomates, que logo rolaram para o chão em direção ao Rei, pela força sobrenatural que o faz atrair tudo.
E então o Rei grita, exultante: - Milagre, milagre!!
Portanto, Ele fica Santo, é o Rei Santo Portas.
E há-de ser canonizado.
...
É uma história muito bonita e que há-de ser muito contada logo que sejam conhecidos os resultados eleitorais das Europeias /2014.
____
- Texto adaptado DAQUI.
- Fonte: BiblioAA. VV., - Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a.
- Também guardo muito boas recordações da minha anterior Campanha Alegre, em 2008. Se querem saber, até para comparar, vão AQUI.

terça-feira, 13 de maio de 2014

O trombone

Vocês já não se lembram do meu encontro com o Necas Caldeira.
Nunca me esqueço: foi numa 2ª feira, 7 de setembro, corria o ano de 2009, como podem conferir AQUI.
Pois não é que ontem voltámos a encontrar-nos? 
- Não para celebrar as 4 viagens dele ao mar dos bacalhaus, para fugir à guerra a que acabou por não resistir, tal foi o cansaço da faina.


- Muito menos para recordar a puta da guerra onde nos cruzámos, algures no norte de Angola, ia eu com os meus bravos ao assalto dum santuário da FNLA na serra da Mucaba, donde regressei de mãos vazias mas com os tomates no sítio.

- O objetivo era outro: tinha que ver com a campanha para as Europeias e o lufa-lufa dos suspeitos do costume.

Para quem não é do Sobreiro ou tem a memória curta, passadas as primeiras desilusões do pós 25 de Abril, o Necas, desiludido com as trapaceirices dos políticos do arco do poder, virou apoiante do Acácio Barreiros, em vias de ser eleito deputado da UDP na Assembleia da República, donde passou a disparar a torto e a direito "contra os ricos e fascistas". 

Está na cara que o meu fito era sondar o Necas, saber o que lhe vai na alma, se ainda tem ganas de voltar a pegar em armas, ou seja e em linguagem  de magarefe (retórica, pois claro), sacar do facalhão e partir para a matança dos porcos.

- É Necas! Ainda te alembras de colares um grande cartaz da UDP na parede nascente da tua casa? Coragem, foi preciso ter coragem, pá! - arrimei-lhe eu, para lhe tirar nabos da púcara.
Resposta pronta:
- Vai-te mas é coçar, ó cão sem dono!
-Tomaras tu que o Acácio que eu conheci ainda pertencesse ao mundo dos vivos!
- Não o Acácio que saltou prós braços do poder, mas o outro, que não calava a voz!

- Ouve lá, retorqui-lhe eu: o Acácio foi mas é um grande músico!
- Pois foi, pois foi! E o que faz falta não é um músico como o teu colega Marinho Pinto, que ponha a boca no trombone e varra esta merda toda? - saiu-se o Necas, enquanto fazia o gesto de quem pega no letal instrumento e o aponta ao inimigo.


- Sorri para mim, exultante pela emboscada perfeita: tinha acabado de apanhar o Necas em plena zona de morte. 
Sem hesitar um segundo, atirei-lhe a matar, bala direitinha ao coração:
- Não me digas que também vais votar nesse franco atirador?

Palavras para quê:
- Corremos para os braços um do outro, de lágrima ao canto do olho, como velhos companheiros que se reencontram no 40º jantar de confraternização de antigos combatentes!

A guerra é assim: faz de nós camaradas de armas para uma vida inteira, malgré tout.

domingo, 11 de maio de 2014

A minha saída limpa esteve por um triz

Parece que foi ontem que a Troika entrou aqui.
Decorridos 3 anos, a malvada foi-se embora e por isso aqui estou de novo, ainda que esmifradinho até ao tutano.
Digo isto só cá para nós que ninguém nos houve, porque, para dar nas vistas, anunciei ao mundo uma saída limpa, à Jorge Jesus na época passada.
Claro que continuo a depender do pãozinho deles para a boca, mas o que é que se espera de quem não tem poços de petróleo no quintal?
Por falar nele: 
(Lândana- norte de Cabinda)

Durante as generosas férias pelas matas de Cabinda (28/12/1973 a 14/2/1974) a malta da minha unidade de intervenção fartou-se de ver petróleo a sair das plataformas offshore. Azar dos azares, aquilo era do amigo americano. 
A nós, militarzitos de capitão para baixo, sobravam os olhos para o deslumbre noturno saído das labaredas libertadas pelos muitos tubos virados ao céu, logo ali a 1/2 milha da costa.
Dizia-se que a fartura era tanta que a Gulf Oil se dava ao luxo de libertar o precioso gás para a camada do ozono.
Na parte da responsabilidade que me cabe pela vinda da Troika, quero-me penitenciar por não ter patrocinado um golpe militar em Cabinda, até porque aquilo não era - nem continua a ser - Angola, quer pela alma das gentes, quer pelo código genético dum povo que até era amigo do Reino.
- No plano militar, teria sido canja para os meus bravos; 
- Economicamente, nos dias de hoje Portugal regurgitaria petrodólares, o que significa que a canzoada da Troika nunca teria cá posto os pés e que Miguéis de Vasconcelos só o de 1640 e mais nenhum; 
- Social e politicamente, seríamos um país sem taxas, mas com muitos tachos; inundado de banqueiros ricos e doutros "ricos"; de mil e uma PPP's e agências para isto e aquilo; de burocracia kafkiana para justificar o pleno emprego; 95% da população viveria de tachos e prebendas e os restantes 5% seriam emigrantes, importados para construir estádios, pistas de fórmula 1, centros comerciais gigantescos, rotundas e milhares, muitos milhares de quilómetros de autoestradas, a última das quais passaria aqui à minha porta, noblesse oblige.
- Eticamente, não haveria culpados, até porque a palavra "CRISE" teria deixado de fazer parte do léxico no novo acordo ortográfico;
- Politicamente, é certo que seríamos mais uma república das bananas, mas daí nunca veio mal ao mundo, que a ética e a honra são conceitos que, esses sim, foram abolidos do tal novo acordo ortográfico.

Infelizmente, 
a realidade foi outra 
e é por isso que 
o Cap. Salgueiro Maia está ali 
à minha porta 
a clamar por mim: 
- Anda mas é daí, 
ó Alferes Santos!